Sinopse: Finalmente, depois de mais de 80 anos, o espiritismo e o movimento espírita são alvos de uma nova abordagem historiográfica. Diferente da obra clássica de Arthur Conan Doyle, publicada em 1926, que realçou a fase fenomênica e colocou Allan Kardec e o período filosófico em segundo plano, esta nova obra de pesquisa e reflexão pretende pôr fatos e personagens em seus devidos lugares. A razão do equívoco histórico é que Conan Doyle, como a maioria dos ingleses e norte-americanos de sua época, não fizeram, como fez Kardec, a distinção entre espiritualismo e espiritismo. Para ele, tudo era spiritualism e a reencarnação seria então apenas um detalhe dessa nova revelação. Mas a história mostrou o contrário: as idéias de Kardec tinham uma visão mais ampla e realista desses acontecimentos, e sua sistematização como ciência e doutrina filosófica sobreviveram ao tempo, enquanto as tendências do spiritualism se fragmentaram. Passaram-se quase 100 anos e o movimento espírita tomou rumos que nem o próprio Kardec imaginava: surgiram novas tendências, as naturais divergências e, como ideologia unificadora, a busca da convergência.
Essa segunda parte da história não foi contada por Conan Doyle. Nem poderia, pois a maioria dos acontecimentos marcantes ainda estava por vir, e bastante fora do contexto eurocêntrico da Belle Époque. Exemplos: o espiritismo desaparece da França no século 20 e explode no Brasil como opção religiosa de milhões de adeptos. A Feb e muitas outras entidades federativas regionais assumem a propaganda e as diretrizes do movimento, através da ação de inúmeros médiuns e influentes líderes espíritas, de múltiplas concepções e tendências sobre a filosofia espírita. Chico Xavier torna-se a figura mais expressiva do movimento, e sua obra literária brilha como a principal referência doutrinária em relação aos livros de Kardec. Sua biografia e uma adaptação do livro Nosso Lar são levados para o cinema, atingindo recordes de bilheteria. E finalmente, o Brasil configura-se como a principal nação espírita e uma das principais culturas reencarnacionistas do planeta.
Dividido em sete tomos, distribuídos em 584 páginas, Nova História do Espiritismo é obra importantíssima para aqueles que buscam cada vez mais uma diretriz espiritual para suas vidas.
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